Por que isso apareceu na
minha timeline?

Já deve ter acontecido com você de usar uma expressão ou referência de um canal que você acompanha diariamente na internet e seu amigo ficar com cara de dúvida. Nessa hora, você fica pensando: como pode aquele amigo estar tão por fora? Pois é, nem tudo o que é pop na sua timeline faz sucesso na timeline do vizinho.

Isso acontece porque as plataformas digitais, que assumiram protagonismo desproporcional no consumo de informação, funcionam com base em algoritmos que recomendam conteúdos de acordo com preferências do usuário, interesse de anunciantes e tendências de viralização. Nem sempre as preferências são compartilhadas socialmente, o interesse de anunciantes não necessariamente coincide com o que é de interesse público e os conteúdos virais podem não ser os mais confiáveis ou democráticos.

Os riscos vão de intenções maliciosas e deliberadas, como invasões e ataques patrocinados pelo Estado, comportamento criminoso e assédio on-line, até o design de sistemas que criam incentivos perversos em que o valor do usuário é sacrificado, como modelos de receita baseados em anúncios que recompensam comercialmente o clickbait e a disseminação viral da desinformação. Entender como funcionam as plataformas é crucial para o redesenho e a regulação desses espaços em prol de uma internet efetivamente democrática e segura para todos. 

Vamos lá?

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Expediente

Redação e edição: Leonardo Foletto e Taís Seibt
Design gráfico: Filipe Borin
Webdesign: Lucas Reino

Fontes: Além dos links indicados, outras fontes de referência usadas para a elaboração deste material foram Council of Europe (Information Disorder), EducaMídia (Glossário) e Unesco (Alfabetização midiática e informacional).

Esta página foi produzida por Afonte Jornalismo de Dados e Baixa Cultura, com apoio do Goethe-Institut Porto Alegre.